Comunidade de Leitores - "Aparição" - Visita a Évora
Dia 25 de Maio | Partida da Biblioteca Municipal às 8h00
Desta feita, será Évora o destino para o nosso passeio literário anual. Vergílio Ferreira, em Aparição, retrata a cidade na qual o autor ainda viveu durante a época do salazarismo, fazendo referência a locais emblemáticos de Évora os quais pretendemos conhecer como, por exemplo, o Colégio do Espírito Santo.
Viagem de autocarro a Évora é gratuita e aberta a toda a comunidade alpiarcense.
As entradas nos locais a visitar e o almoço, fica ao encargo dos visitantes.
Inscrições:
“Tu és livre. É portanto do teu dever libertares-te"
Na obra de Vergílio Ferreira e também neste romance, encontramos uma reflexão profunda sobre a condição humana. Através da sua escrita, o autor convida-nos a pensar sobre o que significa ser livre, sobre a angústia da morte e sobre o sentido da vida.
A liberdade é um dos temas da obra de Vergílio Ferreira. Para o autor, existencialista, ser livre é condição fundamental da existência humana, mas é também uma fonte de responsabilidade.
Alberto Soares, a personagem central, rememora o ano em que deu aulas em Évora. E as pessoas que conheceu e que, de alguma maneira, contribuíram para a consolidação das suas teorias sobre a existência: Sofia, como quem manteve uma relação erótica tumultuosa, e as suas irmãs, Ana e Cristina. Carolino que, por ciúmes, tenta matar Alberto, mas acaba matando Sofia. Cristina, a irmã-criança de Sofia, também morre.
in: Bertrand
Biografia
Romancista e ensaísta português, natural de Melo (Gouveia), nasceu em 1916 e morreu em 1996. Estudou no Seminário do Fundão, licenciou-se em Filologia Clássica na Universidade de Coimbra e exerceu funções docentes no Ensino Secundário. Notabilizou-se no domínio da prosa ficcional, sendo um dos maiores romancistas portugueses deste século.
Literariamente, começou por ser neo-realista (anos 40), com "Vagão Jota" (1946), "Mudança" (1949), etc. Mas, a partir da publicação de "Manhã Submersa" (1954) e, sobretudo, de "Aparição" (1959), Vergílio Ferreira adere a preocupações de natureza metafísica e existencialista. A sua prosa, que entronca na tradição queirosiana, é uma das mais inovadoras dos ficcionistas deste século.
O ensaio é outra das grandes vertentes da sua obra que, aliás, acaba por influenciar a sua criação romanesca. Temas como a morte, o mistério, o amor, o sentido do universo, o vazio de valores, a arte, são recorrentes na sua produção literária. Além disto, Vergílio Ferreira deixou-nos vários volumes do diário intitulado "Conta-Corrente". Das suas últimas obras destacam-se: "Espaço do Invisível", "Do Mundo Original" (ensaios), "Para Sempre" (1983), "Até ao Fim" (1997) e "Na tua Face" (1993).
Recebeu o Prémio Camões em 1992.
In: Bertrand
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