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Exposição “Carolina Beatriz Ângelo interseções dos sentidos palavras, atos e imagens”.

De 1 a 31 de março

Ecos da Imprensa, Carolina Beatriz Ângelo (1878-1911)

Conhecida por ter sido a primeira mulher que votou em Portugal, nas eleições de 1911, Carolina Beatriz Ângelo, foi uma das vozes feministas mais marcantes do inicio do século XX.
 
Ativista republicana e sufragista convicta, foi Vice-Presidente da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, fundadora e primeira Presidente da Associação de Propaganda feminista e protagonizou um episódio notável, tornando-se uma figura emblemática da luta das mulheres pelo voto e pelos direitos políticos.
 
Carolina Beatriz Ângelo, médica, republicana e sufragista, foi a primeira mulher a votar em Portugal, nas eleições realizadas para a Assembleia Nacional Constituinte, no dia 28 de maio de 1911.

O código eleitoral determinava o direito de voto a “todos os portugueses maiores de vinte e um anos, à data de 1 de maio do ano corrente [1911], residentes em território nacional, compreendidos em qualquer das seguintes categorias:

1.º Os que souberem ler e escrever;

2.º Os que forem chefes de família (…).”

Com formação superior e chefe de família, sendo viúva, Carolina Beatriz Ângelo reunia as condições para votar, uma vez que a lei não especificava que apenas os cidadãos do sexo masculino tinham capacidade eleitoral.

Após a rejeição pela Comissão de Recenseamento e pelo Ministério do Interior do seu requerimento para ser incluída nos cadernos eleitorais, recorreu para tribunal, onde obteve sentença favorável. O juiz responsável, João Baptista de Castro, era pai de Ana de Castro Osório.

in: Carolina Betriz Ângelo (1877-1911 / Maria Regina Tavares da silva, CIDM, 2005 e  parlamento,pt 

Exposição gentilmente cedida pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG)



 

 

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