Escola EB1 de Alpiarça, 4º ano - 8 de Janeiro 2002
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No âmbito do projecto Visitar-Conhecer,
Utilizar-Aprender, a Biblioteca Municipal recebeu pela segunda vez
este ano lectivo, a visita dos alunos do 4º ano da Escola EB de
Alpiarça.
Aqui ficam algumas fotografias da visita.
Meninos, pedimos que nos enviem um e-mail sobre a vossa visita, para depois o publicarmos nesta página. Ficamos à espera...
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Os três Reis Magos |
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- No fim da apresentação, as perguntas sobre o que viram e ouviram. Quando acertavam, ganhavam uma peça para construir o puzzle gigante. |
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- Sempre à volta dos livros |
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- Como não podia deixar de ser, a requisitar livros para levar para casa. |
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- Houve uma surpresa doce mas nem todos gostaram. |
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Todos ajudaram na construção do puzzle gigante "Quadro de adoração dos Reis Magos" |
Os Reis Três Magos
A história foi contada por cinco personagens:
Narrador (Vera Assunção)
Gaspar (Rui Gaspar)
Melchior (Tiago Reis)
Baltasar (Francisco Cristovão)
Rei Heródes (Carlos Picado).
O texto base que serviu para a dramatização, foi adaptado das seguintes obras:
Andresen, Sophia de Mello Breyner
Os três Reis do Oriente / Sophia de Mello Breyner Andresen. - Lisboa : Galeria S. Mamede : Portugália, [s.d.]* Livro gentilmente cedido pela Prof.ª Hélia Gaspar
Bíblia pastoral
Bíblia pastoral / trad., int. e notas Ivo Storniolo, Euclides Martins Balancin . - Lisboa : Paulistas, 1993ISBN 972-30-0508-5
Era uma vez... Três Reis, Gaspar, Melchior e Baltasar:
Eu sou o Gaspar, vivo na cidade de Kalash, onde o príncipe Zukarta instaurou o culto do bezerro de oiro. Imaginem... os habitantes do reino tinham de dar oiro a um bezerro que já era de oiro.
Dar oiro ao oiro não faz qualquer sentido, para além do mais, num reino onde existiam cada vez mais pobres...
Eu negava-me a prestar tal culto, porque o bezerro não era o meu Deus. Por isso, fui abandonado pelos chefes das outras tribos. A partir de então, muitas calamidades me aconteceram.
Desesperado, rezei ao meu Deus, que também era o Deus dos pobres e humilhados, olhei para o céu, e vi uma estrela mais brilhante que as outras, que se deslocava para Ocidente, abandonei de seguida o meu palácio para a seguir.
Eu sou Melchior, tento compreender o significado do que está escrito num rectângulo de argila enegrecida pelo tempo, de aspecto frágil, pobre e gasto. Esta placa muito antiga, que tinha passado de geração em geração, de idade em idade e de mão em mão.
Nela estava escrito que ao mundo seria enviado um redentor e
que uma estrela se ergueria no Oriente para guiar aqueles que buscavam o seu
reino mas as letras quase apagadas tornam difícil a sua leitura e compreensão.
Convoquei todos os sábios do meu reino mas eles não chegavam a acordo entre
si, pelo que, uma noite depois de muito pensar, aproximei-me da mesa de pedra
onde estava a placa, e encostei a testa nela, olhei para o céu a Oriente e vi
uma estrela mais brilhante que as outras. Nessa noite abandonei o meu palácio
para a seguir.
Eu sou o Baltasar, vivo num Palácio rodeado de conforto e riqueza , amo a alegria o rumor e a abundância dos banquetes, onde as festas duram até ao romper do dia. Porém, certa madrugada, no final de uma festa, saí para o jardim, debrucei-me no parapeito de um pequeno terraço e vi o rosto de homem jovem e magro. A fome, a pobreza e tristeza estavam espelhadas nos seus olhos.
Senti uma enorme vontade de chorar, e perguntei:
Porém o jovem, assustado, fugiu.
Mandei os meus guardas procurá-lo. Não eles não conseguiram encontrá-lo!
Desesperado, disfarcei-me, fui procurá-lo, e vi toda a miséria que existia no meu reino.
Preocupado com a pobreza que encontrei, tentei acabar com ela mas quando os meus ministros me disseram, que nem todas as minhas riquezas chegavam para isso, dirigi-me ao templo para perguntar aos sacerdotes qual era o Deus que protege os pobres, humilhados e oprimidos para que eu lhe possa implorar o fim de tanta pobreza...
...Mas eles não sabiam.
Então eu rezei a um Deus que não conhecia, e observando o céu, viu uma estrela mais brilhante que as outras, que me pareceu ser a resposta à minhas orações e sem hesitar, pela calada da noite, segui-a.
Todos eles seguiram aquela estrela brilhante que parecia ser a resposta a resposta às suas dúvidas e problemas.
Quando chegaram a Jerusalém, dirigiram-se ao rei Heródes, governante da cidade, e disseram-lhe:
Gaspar: - Viemos de muito, muito longe, de Oriente, atravessamos montanhas e vales...
Melchior: - ...queremos prestar homenagem ao menino Jesus...
Baltasar: - ...e dar-lhe presentes porque ele vai ser futuro Rei dos Judeus.
O Rei Heródes ficou muito preocupado, porque este novo Rei lhe ia tirar o poder, e muito esperto, disse-lhes:
- Ide, e quando voltardes, dizei-me onde se encontra o menino Jesus para eu lá ir também .
Na verdade o que ele queria era matá-lo.
Guiados pela estrela, os Reis Magos seguiram o seu caminho, que os levou à cidade de Belém.
Quando chegaram ao estábulo onde se encontrava o Menino Jesus, a estrela parou, entraram, ajoelharam-se e ofereceram-lhe ouro, incenso e mirra.
No regresso, avisados por um sonho, não voltaram por Jerusalém indo por outro caminho.
Então o rei Heródes, percebendo que foi enganado pelos Reis Magos, ficou zangado e mandou matar todos os meninos que tivessem a idade de Jesus mas Jesus escapou, porque os seus pais alertados por um sonho, fugiram para o Egipto.
E assim, graças à ajuda dos Reis Magos, Jesus sobreviveu, e espalhou o bem pelo mundo.