Escola EB1 de Alpiarça, 3º ano - 7 de Janeiro 2002
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No âmbito do projecto Visitar-Conhecer,
Utilizar-Aprender, a Biblioteca Municipal recebeu pela segunda vez
este ano lectivo, a visita dos alunos do 3º ano da Escola EB de
Alpiarça. Como regressavam de autocarro de uma visita de estudo, vieram todos
os alunos do 3º ano, foi casa cheia.
Aqui ficam algumas fotografias da visita.
Meninos, pedimos que nos enviem um e-mail sobre a vossa visita, para depois o publicarmos nesta página. Ficamos à espera...
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Os três Reis Magos |
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- Houve uma surpresa doce mas nem todos gostaram... |
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...não faz mal, sempre aparece alguém que come por eles. Como diz o velho ditado: "É bom ser feito para 20 e 10 não gostarem!" |
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- Sempre à volta dos livros. |
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- Como não podia deixar de ser, a requisitar livros para levar para casa. |
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Todos ajudaram na construção do puzzle gigante "Quadro de adoração dos Reis Magos" |
Os Reis Três Magos
A história foi contada por cinco personagens:
Narrador (Vera Assunção)
Gaspar (Rui Gaspar)
Melchior (Tiago Reis)
Baltasar (Francisco Cristovão)
Rei Heródes (Carlos Picado).
O texto base que serviu para a dramatização, foi adaptado das seguintes obras:
Andresen, Sophia de Mello Breyner
Os três Reis do Oriente / Sophia de Mello Breyner Andresen. - Lisboa : Galeria S. Mamede : Portugália, [s.d.]* Livro gentilmente cedido pela Prof.ª Hélia Gaspar
Bíblia pastoral
Bíblia pastoral / trad., int. e notas Ivo Storniolo, Euclides Martins Balancin . - Lisboa : Paulistas, 1993ISBN 972-30-0508-5
Era uma vez... Três Reis, Gaspar, Melchior e Baltasar:
Eu sou o Gaspar, vivo na cidade de Kalash, onde o príncipe Zukarta instaurou o culto do bezerro de oiro. Imaginem... os habitantes do reino tinham de dar oiro a um bezerro que já era de oiro.
Dar oiro ao oiro não faz qualquer sentido, para além do mais, num reino onde existiam cada vez mais pobres...
Eu negava-me a prestar tal culto, porque o bezerro não era o meu Deus. Por isso, fui abandonado pelos chefes das outras tribos. A partir de então, muitas calamidades me aconteceram.
Desesperado, rezei ao meu Deus, que também era o Deus dos pobres e humilhados, olhei para o céu, e vi uma estrela mais brilhante que as outras, que se deslocava para Ocidente, abandonei de seguida o meu palácio para a seguir.
Eu sou Melchior, tento compreender o significado do que está escrito num rectângulo de argila enegrecida pelo tempo, de aspecto frágil, pobre e gasto. Esta placa muito antiga, que tinha passado de geração em geração, de idade em idade e de mão em mão.
Nela estava escrito que ao mundo seria enviado um redentor e
que uma estrela se ergueria no Oriente para guiar aqueles que buscavam o seu
reino mas as letras quase apagadas tornam difícil a sua leitura e compreensão.
Convoquei todos os sábios do meu reino mas eles não chegavam a acordo entre
si, pelo que, uma noite depois de muito pensar, aproximei-me da mesa de pedra
onde estava a placa, e encostei a testa nela, olhei para o céu a Oriente e vi
uma estrela mais brilhante que as outras. Nessa noite abandonei o meu palácio
para a seguir.
Eu sou o Baltasar, vivo num Palácio rodeado de conforto e riqueza , amo a alegria o rumor e a abundância dos banquetes, onde as festas duram até ao romper do dia. Porém, certa madrugada, no final de uma festa, saí para o jardim, debrucei-me no parapeito de um pequeno terraço e vi o rosto de homem jovem e magro. A fome, a pobreza e tristeza estavam espelhadas nos seus olhos.
Senti uma enorme vontade de chorar, e perguntei:
Porém o jovem, assustado, fugiu.
Mandei os meus guardas procurá-lo. Não eles não conseguiram encontrá-lo!
Desesperado, disfarcei-me, fui procurá-lo, e vi toda a miséria que existia no meu reino.
Preocupado com a pobreza que encontrei, tentei acabar com ela mas quando os meus ministros me disseram, que nem todas as minhas riquezas chegavam para isso, dirigi-me ao templo para perguntar aos sacerdotes qual era o Deus que protege os pobres, humilhados e oprimidos para que eu lhe possa implorar o fim de tanta pobreza...
...Mas eles não sabiam.
Então eu rezei a um Deus que não conhecia, e observando o céu, viu uma estrela mais brilhante que as outras, que me pareceu ser a resposta à minhas orações e sem hesitar, pela calada da noite, segui-a.
Todos eles seguiram aquela estrela brilhante que parecia ser a resposta a resposta às suas dúvidas e problemas.
Quando chegaram a Jerusalém, dirigiram-se ao rei Heródes, governante da cidade, e disseram-lhe:
Gaspar: - Viemos de muito, muito longe, de Oriente, atravessamos montanhas e vales...
Melchior: - ...queremos prestar homenagem ao menino Jesus...
Baltasar: - ...e dar-lhe presentes porque ele vai ser futuro Rei dos Judeus.
O Rei Heródes ficou muito preocupado, porque este novo Rei lhe ia tirar o poder, e muito esperto, disse-lhes:
- Ide, e quando voltardes, dizei-me onde se encontra o menino Jesus para eu lá ir também .
Na verdade o que ele queria era matá-lo.
Guiados pela estrela, os Reis Magos seguiram o seu caminho, que os levou à cidade de Belém.
Quando chegaram ao estábulo onde se encontrava o Menino Jesus, a estrela parou, entraram, ajoelharam-se e ofereceram-lhe ouro, incenso e mirra.
No regresso, avisados por um sonho, não voltaram por Jerusalém indo por outro caminho.
Então o rei Heródes, percebendo que foi enganado pelos Reis Magos, ficou zangado e mandou matar todos os meninos que tivessem a idade de Jesus mas Jesus escapou, porque os seus pais alertados por um sonho, fugiram para o Egipto.
E assim, graças à ajuda dos Reis Magos, Jesus sobreviveu, e espalhou o bem pelo mundo.